sexta-feira, 25 de novembro de 2011

capito seis--Celton, um grande começo

Preciso fazer alguma coisa pra minha vida.-- Pensava Laca.--
Leninha observava o irmão.
---Para de andar, tá me atrapalhando escrever.  --Resmungava Leninha.
---Eu tenho que arrumar material e desenhar, já sei o que fazer.
---Tá inventando moda.
---Vou pedir pra mamãe.
Colocava a mãe doida com seus sonhos.
Dona Lina fazia o que podia,mas não era facil.
Ele resolveu que ia fazer revistas e ia conseguir uma editora pra publicar, comprou um prancheta de desenho e fez tudo manualmente. as histórias e o personagem ficou muito bom, dona Lina não entendia muito daquilo, ele saia pra engraxar sapatos. naquela epoca tinha arrumado trabalho de engraxate, saia com o caixotinho, a revistinha debaixo do braço e muitos sonhos.
--Mamãe, o que eu faço esse menino tá ficando doido.  Falava dona Lina com a mãe.
---Interna ele minha filha.
Se dona Lina não entendia muito menos dona Dina.
Leninha não deixava sua mãe saber que ela escrevia, quando ela estava por perto depois da aula sentava na porta da sala e tecia crochet para a mãe vender e quando ela saia escrevia.
Laca dava as revistinha para seus frequeses lerem e muitos o incentivavam.
tudo estava esquematizado na cabeça dele. Iria mandar para alguma editora e ver se conseguia publicar, mas como fazer isso. Escola já tinha decidido não era com ele. Terminou mal o segundo ano.
Dona Lina e julio não tinham mais argumento para fazer ele ter os pés no chão, era muito inteligente, aprendeu tocar violão praticamento  sozinhoe o inglês conversava fluentimente, adorava engraxar sapatos das pessoas no parque municipal la tinha muitos gringos que se hospedavam no hotel Odeon.
Nessa epoca ja moravam uma casa maior, julio estava montando um escritorio de contabilidade com um amigo de infancia, Leninha estudava na Cruz Vermelha e a vida ia um pouco melhor.
Dona Dina teve um AVC , foi internada, melhorou, mas passado pouco tempo internou de novo e faleceu aos noventa e oito anos.
A familia sofreu muito com .a morte dela, mas tinham que tocar a vida pra frente.
Lacarmélio ficou muito decepcionado com a editoras, até em São Paulo foi, mas a resposta era a mesma, o desenho é bom, mas não tinham espaço para novos lançamentos, queriam dizer, brasileiro, desconhecido, sem chance.
---O que eu faço.  --- A sensaçao era de perda.
Mas decistir nunca foi prioridade na vida dele.
Lá ia dona Lica atraz de outro emprestimo na vida dela.
Sabia que tinha que ajudar o filho, de alguma maneira, ele passava dias sem dormir, dormia poucas horas, já estava tendo insônia cronica. Uma doutora falou com dona Lina, faça alguma coisa pro seu filho, ele é um artista.
Lacarmélio conseguiu aprender o segredo de passar o desenho pra uma placa matriz e levou para uma grafica, o trabalho era todo manual, saiu a primeira revistinha do Homem - Felino, agora Celton.
Tinha que descobrir um meio de vendas, tinha uma bicicleta, fez uma placa, comprou um mega-fone e ia pra frente de algum predio ou comercio.
---Eu sou um desenhista que vendo as revistas que eu mesmo faço, produçao independente.
Alguns donos de Bares não gostava da barulhada que ele fazia com o mega fone, mas muitos o aceitavam e deixava ele vender dentro do estabelecimento.

Obs.  Mais tarde conto das pichações e da viagem a Nova York.   Lairan

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